sexta-feira, 1 de março de 2013

Os aniversários que se aproximam...

...e as (novas) sensações que os acompanham. À tudo isso desejo brindar.

Hoje é aniversário do Rio de Janeiro: 448 anos. E eu me sinto tão cidadã aqui como nunca senti. Acho que é uma cidade generosa no sentido de que a gente cabe aqui, de que pode ser acolhido com sua especificidade, com suas marcas, seus desejos. É como se o lugar ao sol fosse garantido. Pelo menos o meu. Do último post pra cá, posso dizer que voltei a ficar à vontade sob minha pele - pelo menos na maior parte dela. 

De casa nova, de companheiras novas, de vizinhança nova. E isso inclui o oceano Atlântico. É...meu vizinho mais estimado até então. Praia de bicicleta, Pedra do Leme, orla de Copacabana. Posso dizer que meu aniversário de 11 meses que se aproxima tem esse caráter: 7 de março, véspera do Dia da Mulher. E acredito que a minha está finalmente aparecendo, que estamos nos moldando uma à estrutura da outra, estamos ajustando nossa alma em nossa pele, estamos cabendo dentro uma da outra. É como se os 29 já fossem os 30, e as prioridades na vida fossem se re-organizando - como se, em alguma idade, elas deixassem de mudar! -, trazendo uma nova mulher pra fora. Sabe aquele clichê mais básico?

Mas as relações também tenho sentido se renovarem. Todas elas. As de trabalho, as de amizade, as amorosas - embora essas duas últimas nunca se desatrelem, pra mim. Embora não tenha sido a primeira vez que senti necessidade de me impor, de dizer um "NÃO" sonoro, necessário, enfático para ser ouvida, foi a mais difícil. Trabalhar com o que se ama também implica colocar limites, já que sempre tem algo que amamos mais que o resto: a gente mesma. E, com isso, ainda estou um pouco no limbo, sem saber quais as novas perspectivas profissionais ante minha negativa. 

Já as relações de amizade, estão em estado de glória. No exato momento em que quem realmente importa pra ti faz parte da tua vida, está próxim@, vem visitar, sabe o que se passa - ou se não sabe, pressente. E é o tempo da abundância na troca de amor. Se 2013 é o ano do amor, como a gente acredita que é, que espaço melhor pra começarmos a sentir ele pulsando dentro de nós? 

"Mais contente que lambari em sanga": introduzindo Patica no Anti-CTG.
E onde mais? Bar do Zé, claro.


Aliás, isso me lembra mais um aniversário: o da pequena-grande-imensa mulher que habita essa cidade ao meu lado: Anand Mariana Vanita Pires. 
Quando ela notificou que viria morar aqui - sim, porque ela apenas comunica, como uma boa jornalista que é - fiquei surpresa, achei que era fogo de palha e pensei: que chance temos de nos tornarmos mais amigas? Será que encaixa? Bom, o grande segredo pra gente aprender a viver juntas e a se amar tanto é respeitar quem a outra é, e admirá-la por tudo que ela tem de mais diferente: do que faz a gente amar ter por perto ou ficar muito puta com as discordâncias. Segredo pra qualquer relação...
Mais do que saber que tá ao lado, o melhor é saber que olhamos na mesma direção e seguimos juntas.

Bom, e quanto às amorosas, não quero escrever sobre o momento incipiente. Prefiro deixar rolar, já que não tenho conclusões e me sobra um tanto de insegurança e desconfiança. Decidi deixar a vida fluir, e confiar no que ela trouxer. Enquanto isso, sigo aquecendo - de todas as formas possíveis - meu coração vagabundo, que quer guardar o mundo em mim...