São 10 meses de Rio de Janeiro. 10 meses e uma semana, exatamente. (Digamos que a semana passada foi outro portal, já que era Carnaval na Cidade Maravilhosa - aquilo que se parece a um limbo, quando a folia invade corações...)
E será que mudança for uma viagem?
E é a mudança de número 06. Sim, a sexta:
Laranjeiras - Flamengo - Flamengo - Santa Teresa - Flamengo - Bairro Peixoto/Copacabana.
Não se perca nas contas!
E, coincidências ou não - o Flamengo se repete tanto porque foi o bairro que mais gostei de morar, que mais me identifiquei, que mais me sinto em casa. Até voltar pra cá nessa última vez eu não sentia essa proximidade, essa vontade de ficar aqui, mas a vida me trouxe essa vinda provisória e garanto que usufruí muito lindamente desses 2 meses e meio.
Estou/estava tendo dificuldades em lidar com a saída do bairro...E por várias razões: adoro meus companheiros de casa (ô turminha harmônica essa!); tanto a Marques de Abrantes (end. oficial) como a Senador Vergueiro, são o charme do bairro; os botecos em cada esquina - centenários! -; a segurança pra voltar pra casa a pé da Praça São Salvador e, por quê não dizer?, a vizinhança. Bairro de musos... Otto morava na esquina! Prefiro pensar que ele se mudou pro Vidigal porque não poderia viver sem mim aqui... <3
Por outro lado, me sinto adaptada à cidade. Gosto e sempre gostei dos ares de metrópole, da sensação de ser anônima na multidão e, de no meio de tudo e de todos, encontrar algum olhar e algum sorriso perdido em um canto de boca... Saindo do Flamengo sinto que mais um ciclo terminou e que outro está vindo, fresquinho...uma fase de (re)começo, de esperança e de abertura pro novo. Digamos que sinto que tenho um encontro marcado, e que a hora dele acontecer está próxima.
Conquistei muitas coisas nesse tempo todo e, provei pra mim - e exclusivamente pra mim, em realidade - , que sou capaz de fazer absolutamente tudo que eu quiser, de ir em busca de cada um dos meus sonhos. Agora tenho um novo desafio, um novo passo: deixar que as coisas venham até mim. Ficar paradinha, esperando e desejando que tudo aquilo que eu preciso seja ofertado a mim pela existência, pelo universo. Como uma retribuição. Se me sinto triste por um lado, por outro a esperança renova meu coração e enche meu peito de novos e bons ares...
Planejando e executando, que é como gosto de fazer, algumas viagens se delineiam na minha cabeça. São Paulo e sua Virada Cultural são por puro merecimento que me dou de presente. E o São João no nordeste, no meu Pernambuco, tocando Maracatu... bom, daí a gente volta a falar em sonhos.
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