domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vida é real e de viés

Eu estava sentindo falta dos casais dançando tango nas ruas, das performances dos artistas locais e das imagens que me imprimiram a sensação de conhecer Buenos Aires. Mas quanto mais a gente insiste em andar pelos caminhos que nos dizem alguma coisa, mais surpresas acontecem. Re-ver paisagens que surpreendemente parecem intocadas após 5 anos da minha primeira aparição nas terras porteñas, e viver essas sensações com outras pessoas me alimenta todos os dias.



A poesia colorida de uma cidade cosmopolita e provinciana, cheia de vida e rellena da melancolia expressa nas letras de tango e no frio inverno de suas ruas...

Uma terra de sonhos, de imaginações infantis, de brinquedos que não existem mais em grandes metrópoles. Buenos Aires, para mim e para muitos argentinos, é o lugar onde se pára para viver: onde se escuta, onde se conversa - son tantas charlas, tantos chamuches... -, onde se faz um ritual da refeição (con los servícios, el plato principal y el postre). É uma terra de muitos sabores, de muitos entendimentos e de preenchimentos.
Mas só pra quem sabe viver o cotidiano.

É a terra de quem ama, de quem valoriza seus artistas.


De quem preserva algumas coisas e destrói outras. Isso é tão contraditório quando se olha mais detidamente os lugares nos quais o olho do habitante já está acostumado...


Já se escutou sobre as cores de Almodóvar, as cores de Frida Kahlo numa Calcanhoto que anda pelo mundo prestando atenção nas cores que não sabe o nome... Embora eu não saiba os nomes das cores da sonora e visual Buenos Aires, faço questão de retratá-las, guardando a atmosfera presente no momento em que passei por lá...

A mi me gusta mesclarme con ellas...


Mas também há o outro lado da Buenos Aires, aquele em que a resistência a conhecer, a fazer parte, se termina por uma ironia do destino, por um golpe de sorte, pelo encontro com as pessoas que te gustarían propiciar eso:

Que tal comemorar o aniversário em grande estilo?
A viagem seguia cheia de surpresas e aventuras, mas algumas coisas planejadas também dão certo! O niver da Dinha começou em grande estilo e elegância (afinal de contas, quem dava as dicas de elegância, maquiagem e etiqueta??? A-D-O-R-O amigas refinadas...). Mas tinha que ter gente legal e parabéns, né?

Comprovando a tese de que a vida é doce... de leche!
Que los cumpla feliz, Claudinha!

Seguindo o protocolo... hasta Sanata Bar e después a La Catedral del Tango para continuar a celebração na última sexta-feira da viagem...

Mas espera um pouco...


Como assim? Fito Paez de graça, no Tigre???

Ah não... o post do melhor último dia de viagem da história tem que ser exclusivo... Notícias acima.

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